segunda-feira, 28 de maio de 2012

Novo Visual

Depois de testar vários layouts, cheguei ao modelo atual para o blog. Em tempos difíceis, a paisagem chuvosa e cinzenta representa bem a incerteza e mal-humor do mercado frente às crises atuais.

À direita, alguns vídeos sobre abertura e fechamento do mercado, além dos vídeos do canal do Bastter. Ele é um dos poucos caras sérios por aí, pois disponibiliza uma gama de informações valiosas gratuitas e não fica apenas incentivando o giro frenético de capital, como a grande maioria dos analistas. Logo abaixo, adicionei um gadget bem legalzinho, onde é possível conferir o desempenho do IBOV e da minha carteira de ações com um pequeno atraso de 15 minutos. Gostei muito desses programinhas e aceito sugestões. Também gostaria de saber como realçar o cor de fundo das réplicas dos comentários, como no blog do Pobretão.

Essa semana divulgarei minha situação patrimonial e estratégia de investimento. Já adianto que nesse mês de maio, mesmo com aporte de R$ 4.000, reaplicação de R$ 2.000 de proventos e outros R$ 2.000 com ganho em opções, ainda assim estou 2% negativo. Só não estou pior graças ao balanceamento da carteira. Mesmo assim, estou melhor do que o IBOV que acumula perdas de -12%. Mas esses percentuais não importam para mim, pois meu foco é acumular ações de boas empresas independente de preço. Na verdade, quanto mais cair é melhor para mim... hehe

Sintam-se à vontade para sugerir melhorias e funcionalidades!

Bons negócios a todos!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

É Hora de Pular do Barco?

O Ibovespa já acumula uma queda de quase -12% esse mês, deixando o lado positivo e recuando quase -4% em 2012. O temor de uma nova queda brusca e generalizada das cotações e a volta dos pregões recheados dos famosos "circuit breakers" (mecanismo de interrupção temporária das negociações, acionado em momentos de pânico intenso) inicia uma série de discussões sobre o que fazer nesse momento. Vender? Comprar mais? E se subir? E se cair mais? É, o ano de 2008 deixou sua marca na memória dos investidores. Muitos sequer recuperaram o capital que tinham naquele ano.

Mas afinal de contas, o que eu e você, pequenos investidores, devemos fazer nesse momento? Em primeiro lugar, lembremo-nos de nosso planejamento. Se investimos em renda variável, provavelmente observamos os seguintes passos:

1) Alocamos em renda variável apenas dinheiro que podemos perder (controle de risco);
2) Temos consciência de que o mercado passa por ciclos de alta e baixa;
3) Como não podemos prever os movimentos do mercado, então focamos no longo prazo;
4) Sabemos que no curto prazo tudo é possível. Nem sempre que um papel sobe significa que a empresa é boa (MNDL4). O contrário também é verdade (VALE5);
5) Escolhemos empresas lucrativas e com bons fundamentos e, como nossa proposta é ser sócio delas por pelo menos 15 anos, então é de se imaginar que em algum momento elas passarão por dificuldades.

Pronto! Com isso em mente, basta seguir o plano individual de cada um. Há aqueles que preferem comprar mensalmente independente de preço. Outros gostam de manter um determinado percentual de cada setor em carteira, comprando papéis do setor que mais cai (meu caso). Ainda há investidores que apenas reaplicam dividendos, injetando dinheiro novo somente em momentos de pânico, esperando adquirir bons papéis a preços muito descontados.

Infelizmente, os exemplos que citei representam apenas 10% dos investidores brasileiros. Isso porque a grande maioria não sabe a diferença entre investir e especular. Alguns se tornam sócios de empresas boas, mas olham os preços dos papéis diariamente. Daí, quando a cotação cai, não aguentam a pressão e vendem no fundo, apenas para comprar no topo mais tarde.

Mas o pior caso é o do especulador que se torna investidor de empresa lixo. Nesses eu tenho vontade de bater... Para começar, o cara compra papel recomendado por "analistas" de fóruns. Papéis como MILK11, MNDL4, AGEN11, entre outras tranqueiras. A cotação sobe e ele não vende, pois ele é trader sem alvo de lucro e acredita em historinhas de que a empresa será comprada pela Apple e o papel vai explodir. Depois a cotação desaba e ele não vende, pois ele nem sabe o que é stop. Resumindo: o cara vira sócio de uma empresa ruim e não vende nunca, pois não consegue assumir que errou. Aí, depois vai fazer passeata em frente à bolsa...






Se quisermos ganhar dinheiro com a bolsa, o primeiro passo é não fazermos como os 90% dos investidores que citei. Estude, se aprimore, controle o risco e siga o plano!

Para quem acha que é hora de vender, segue um breve resumo do gráfico histórico do Ibov frente a algumas crises do capitalismo. É interessante perceber como o pânico geral do passado vira uma simples "quedinha" no longo prazo.



É isso aí. Eu sigo comprado e comprando. E você?

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Apresentação - Breve Histórico

Caros leitores,

Sou um jovem de 30 e poucos anos e sempre gostei de finanças pessoais. Desde que começei a trabalhar, por volta dos 18 anos, interessei-me por formas de investimento que superassem a renda fixa. Por ter baixa aversão ao risco, o investimento em renda variável foi o caminho natural a seguir. Após ver uma reportagem na TV sobre pessoas que investiram FGTS em ações da Petrobrás, fiquei curioso e resolvi estudar o assunto. Comprei um livro básico sobre investimentos, li artigos na internet e fui cheio de coragem para o mercado, no ano de 2003. Meu primeiro papel? PETR4 é claro!  Mal sabia que estava fazendo a primeira merda em renda variável: operar notícias. E notícias velhas por sinal!

Aporte naquela época era coisa rara. Ganhava pouco como militar, mesmo não sendo de uma patente baixa e tinha muitas despesas domésticas e aluguel. O que restava era para bancar custos com faculdade, cursos preparatórios e livros. Minha mãe comprava roupas pra mim. Transava raramente apenas com moças pobres e feias, as quais viam certo "glamour" em homens fardados. Como disse sabiamente um policial no filme Tropa de Elite: "- Faca na caveira e nada na carteira!"







Como só tinha 200 PETR4, não podia aportar e o quartel não me permitia crescimento profissional satisfatório (esperar 30 anos para me aposentar ganhando R$ 4 mil?), só me restava estudar para sair daquela vida de cão. Foi o que fiz por alguns anos, sendo que cada cacetada no quartel me motivava ainda mais. Não querendo parecer ingrato, pois devo tudo a esse primeiro emprego, mas não sinto a menor falta dele... hehehe

Após anos de fortes altas, veio a crise de 2008. De um investimento inicial de R$ 7 mil, eu já tinha R$ 30 mil, que viraram R$ 15 mil em poucas semanas. Passei tranquilo por isso. Sabia que uma hora o mercado cairia. Claro que não imaginava aquela força toda! Mas aquela crise foi um ótimo teste psicológico para mim. Outra vez, busquei novos conhecimentos com o objetivo de alavancar o patrimônio. Conheci o mercado de derivativos. Encantei-me! E também fiz muita merda... só não quebrei devido a uma rigorosa política de gestão de riscos, pois fiz tudo de errado que se possa imaginar. Fiquei um bom tempo sem mexer com isso para não me foder ainda mais. Faz um ano que acertei a mão fazendo vendas cobertas e travas de baixa para ganhar um troco a mais. Estudo incluir outras operações, mas isso é papo para outro post.

Após árduos anos de labor, muitos finais de semana e férias sem fazer nada, longos períodos de amarguras, decepções e onanismo diário por falta de mulher, apenas estudando todos os dias o dia inteiro, eis-me aqui, no emprego atual, com mais de 10 mil mensais.

Agora o bicho vai pegar...