domingo, 7 de dezembro de 2014

Entrevista - Soulsurfer, do Blog Pensamentos Financeiros






Povo de minha Blogosfera, musas do herém d'El Rei e discípulos em geral, após uma breve pausa nas entrevistas com os ilustres colegas de jornada, eis que o retorno é majestoso com a presença dele que é surfista, investidor, empreendedor, gestor, leitor, pensador, além de gladiadooooorrrr! Apresento-vos Soulsurfer, o senhor do blog Pensamentos Financeiros! Vem pra cá, Surfista!


1) El Rei: Nobre Soulsurfer, como vai você? Muito obrigado por conceder alguns minutos de seu tempo para engrandecer este humilde espaço virtual com seus conhecimentos e experiências de vida! Praticamente todos os nossos "guerreiros da IF" entraram para a Blogosfera ao buscar conhecimento sobre a melhor forma de acúmulo de patrimônio e, consequentemente, acabaram por se deparar com alguns blogs inspiradores como Viver de Renda, Além da Poupança, Di-Finance, entre outros (como o meu, é claro rs). Mas você já possui um aprofundado conhecimento de finanças, inclusive sobre assuntos não abordados pela literatura nacional. Então, para começar, gostaria de saber como tomou conhecimento sobre a Blogosfera Financeira e como surgiu a ideia de escrever em um blog.

Soul: Olá, Troll! Eu que agradeço você por ceder o espaço do seu blog. Creio que sou parecido com a maioria dos blogueiros, porém talvez tenha algumas especificidades. Eu sempre guardei dinheiro, quase todas as economias iam para algum fundo de renda fixa. Tal situação perdurou da adolescência até pouco tempo atrás. Há uns dois anos e meio, eu, por razões pessoais, tomei uma decisão de que precisaria saber mais sobre finanças, pois eu tinha objetivos que dependeriam de corretamente administrar o meu dinheiro.

Imbuído desse ânimo de aprender, uma grande interrogação se abateu sobre mim: por onde começar? Eu então digitei no Google “Como viver de renda”, e fui parar num blog chamado Viver de Renda. Tenho que confessar que nas primeiras leituras tive muitas dificuldades de entender, aliás, até hoje eu sempre volto no blog para reler alguns artigos. Hoje vejo como esse blog Viver de Renda era muito bom e como aprendi nele. Aos poucos fui conhecendo outros blogs e tomei coragem para começar a fazer comentários. Você tem toda razão ao falar de como os Blogs do Di-Finance, Além da Poupança, o seu são bons para o investidor iniciante. Eu vi também muitos vídeos do Bastter e foram de grande valia. Aliás, eu dei muitas risadas com o jeito do Bastter. Atualmente, possuo muitos “porém” a algumas idéias propagadas no site dele (Aliás, é um belo portal), mas isso não quer dizer que não posso reconhecer o valor dele inclusive na minha formação inicial.

 Sobre as leituras em Inglês, isso se deve muito à leitura dos artigos do Viver de Renda. Eu gostava muito, pois o achava muito inteligente, nunca o vi ofendendo ninguém nos comentários, e era patente que ele trazia muitos conceitos de fora que ou não eram tratados ou não eram sequer conhecidos por aqui (pelo menos para a comunidade de investimentos amadora). Uma coisa foi puxando a outra e quando estive nos EUA comprei muitos livros sobre finanças. A diferença para a leitura nacional é abissal. Eu acabei tomando gosto pela leitura de livros técnicos em inglês na área e creio que aos poucos fui consolidando e entendendo alguns conceitos. Concomitantemente, fui me interessando mais por economia e por conceitos macroeconômicos e isso de alguma maneira foi complementando os meus estudos.

Hoje em dia, vejo como avancei nos conhecimentos desde o começo da jornada. Porém, cada vez mais vou percebendo como é difícil entender as sutilezas do mercado, seja de renda fixa ou renda variável. Cada vez mais me convenço que a fórmula gastar menos do que se ganha, investir em ativos que passaram por alguns filtros fundamentalistas, fazer uma apropriada alocação de ativos e esperar o longo prazo fazer efeito é a fórmula mais factível para a maioria das pessoas chegarem aos seus objetivos financeiros. Por outro turno, eu me sinto mais confortável com as decisões financeiras que estou fazendo, tive que reconhecer alguns erros, mas isso faz parte do processo. Aliás, se tem alguma coisa que não tenho problema é reconhecer que cometi um erro, principalmente em finanças. O meu compromisso é com meus objetivos financeiros, não com o meu ego.

 Sobre a criação do blog, lembro que alguns colegas que já conheciam o meu Nick por alguns comentários em outro site plantaram a ideia de começar a escrever. Eu sempre pensei que era um pouco complexo escrever um blog, mas depois vi que a plataforma é bem fácil (apesar de querer fazer várias melhorias no Pensamentos Financeiros, mas ainda não ter conseguido pela minha ignorância em informática) o que facilitou bastante. Apenas tenho a agradecer a experiência de escrever. Estou fazendo amigos, tendo feedback positivo e me obrigando a estudar ao menos um pouco sobre os temas que escrevo, portanto não tenho nada do que reclamar, nem mesmo de alguns anônimos mais agressivos, pois está sendo interessante refletir sobre alguns comportamentos humanos.

 2) El Rei: Você falou sobre dificuldades de entender as sutilezas do mercado, seja ele de renda fixa ou renda variável. Na nossa Blogosfera, muito se fala (ou praticamente só se fala!) em renda variável, ações e FIIs, ficando a renda fixa em segundo plano. Muita gente fala que renda fixa é algo trivial, mas eu discordo veementemente. Sei de pessoas que investiram muito em uma única classe de títulos públicos e ficaram decepcionadas por conta de uma eventual desvalorização, chegando ao ponto de realizar prejuízos. Estou há meses planejando um investimento de longo prazo em renda fixa, mas a escalada da inflação me fez repensar tudo e começar praticamente do zero. Você escreve ótimos artigos sobre FIIs, mas o que pensa sobre a renda fixa? Qual a melhor forma de alocação entre os vários produtos disponíveis, considerando a situação econômica atual e a sua visão de longo prazo? Quais os fatores de risco que você acha que devem ser considerados? Você indica algum livro ou artigo sobre o tema?

Soul: Realmente, eu creio que o mercado de renda fixa possui muitos detalhes. Num nível mais profundo e com produtos mais exóticos, o grau de complexidade matemática pode ser muito grande. Porém, não precisamos adentrar neste outro universo como investidores pequenos. A primeira coisa, e já comentei algumas vezes no meu blog, é saber o que é renda fixa. Muitos pensam que a renda é variável, pois o ativo varia de preço. Isso é um erro básico. Quantas vezes eu observei em fóruns de internet, principalmente no Bastter, a pergunta “ah, por qual motivo o papel da empresa Y caiu 30% em um mês?” A resposta mais usual “Porque é renda variável”. Certo. Então a NTN-B 35 que chegou a ter valorização de quase 30% no ano, por qual motivo? E por qual motivo ano passado o mesmo título estava com perdas de 30%? Não podemos responder que essa variação é devido ao fato do ativo em questão ser renda variável, pois uma NTN-B é um título de renda fixa. A renda é variável não por que o ativo subjacente pode variar de preço no tempo (os títulos de renda fixa também o podem), mas sim porque a renda que o ativo pode produzir não é certa, há um grau de incerteza maior ou menor, a depender do ativo, de que o fluxo de renda seja produzido. Já ativos de renda fixa tem-se certeza de quanto de renda o ativo irá produzir, se não houver default. É por esse motivo que ativos de renda fixa são perfeitos para modelos complexos de precificação matemática , pois quase todos os inputs são sabidos a priori.

A renda fixa é essencial em qualquer portfólio minimamente bem diversificado. Ela é essencial até mesmo em países onde a taxa de juro de curto prazo é quase 0% (e há vários países nessa situação), imagina num país como o Brasil com taxas de juros de dois dígitos? Eu simplesmente não consigo entender o motivo das pessoas não alocarem pelo menos parte em renda fixa. O Brasil é a Disneyland da renda fixa. Aqui nós temos um título como a LTF (ou LCI e LCA fora da plataforma do tesouro) que é uma verdadeira mamata, é um título sem qualquer risco, nem mesmo risco de duration, algo que inexiste no exterior (eu pelo menos nunca li a respeito).

Existem alguns fatores de risco em renda fixa, vou citar apenas os dois mais importantes: qualidade do emissor e duration. Quanto maior a qualidade do emissor, menor é a possibilidade de default (não pagamento dos juros ou da parcela principal). Sendo assim, menores os juros pagos. Quanto mais duvidosa é a qualidade do emissor, maior tem que ser o spread que o mesmo deve pagar para conseguir captar recursos de terceiros. O segundo é o duration. Há várias definições para duration, mas basicamente esse conceito mede a sensibilidade de um título a variações das taxas de juros. Um título com uma duration de 10 quer dizer que ele se desvaloriza ou valoriza em 10% com um aumento ou queda de 1% na taxa de juros. Portanto, títulos com duration grande (como a NTN-B 35 do exemplo do primeiro parágrafo) são mais arriscados, pois possuem muito mais variação no Preço Unitário do título. Pessoas não preparadas, ou até mesmo desconhecedoras desse fato, podem não conseguir ver rentabilidades negativas tão acentuadas e realizar prejuízo sem necessidade nesses títulos.

 A melhor alocação de renda fixa vai depender dos objetivos financeiros de cada um. Se a pessoa quer ir ver a copa do mundo na Rússia em 2018 e está guardando dinheiro para isso, não tem sentido colocar dinheiro num título com uma duration alta, já que o objetivo é de curto prazo. Uma pessoa pensando em economizar para aposentadoria, pode pensar em títulos com maturidade mais longa e se aproveitar das taxas de juros altas que o Brasil ainda pratica. Portanto, difícil falar o que aconselhar. Eu, como acho que o cenário nacional e internacional está muito nebuloso, prefiro estar posicionado em títulos pós-fixados. Eu também tenho necessidade de liquidez imediata para algumas operações, logo não posso, nesse momento, me expor a títulos com duration muito alta. Porém, não se sabe o que pode acontecer com a taxa de juros nos próximos dois anos, e principalmente o impacto que uma alta dos juros nos EUA pode provocar aqui. Portanto, é possível que talvez apareçam oportunidades para encarar duration mais altas. Se a pessoa não quer pensar muito em variáveis macroeconômicas e quer seguir um plano mais simples, talvez um mix entre títulos pós-fixados (LTF, LCI/LCA pós) e pré-fixados seja mais do que suficiente para resultados satisfatórios.

3) El Rei: Soulsurfer, é de amplo conhecimento que seu blog é voltado também para reflexões sobre questões de cunho humanista ou filosófico, muitas polêmicas e de difícil resolução, às quais incitam debates fervorosos nos comentários. Um exemplo foi o post sobre direitos humanos. Falando especificamente sobre investimentos, você acha que o mercado financeiro pode ensinar alguma lição de vida de modo a tornar o investidor uma pessoa melhor? Ou você acha que
quem mergulha nesse mundo tente a ser egoísta e ganancioso, sem se importar com a realidade cruel que existe a nossa volta?


Soul: Troll, essa é uma pergunta complexa e talvez eu precisaria escrever um artigo para dizer realmente o que eu penso sobre o assunto. Porém, direi algumas coisas. Existe um conceito em psicologia, muito estudado também no ramo da economia comportamental, que se chama Priming. Antes de falar de Priming, seria importante falar sobre como nosso cérebro toma decisões. Essa é uma das áreas mais interessantes do conhecimento humano, em minha opinião. Quem já pode ler um livro como "Rápido e Devagar", ou outros sobre o tema, talvez tenha em mente o conceito de divisão entre sistema 1 e sistema 2 na hora de tomada de decisões. Não cabe aqui traçar uma distinção aprofundada sobre os dois (o expoente da matéria, um psicólogo que ganhou o Nobel de economia - eu acho esse feito notável mesmo . imagine um advogado ganhando o nobel de física- passa quase 600 páginas esmiuçando as sutis diferenças entre os dois), porém resumindo muito, e perdendo com certeza a complexidade do assunto,o Sistema 1 seria a forma intuitiva de nos posicionarmos no mundo e o sistema 2 seria a forma mais racional e reflexiva de pensarmos sobre a natureza que nos cerca.

Todos nós, ou pelo menos a esmagodra maiora, achamos que as nossas decisões são frutos de uma deliberação consciente de um "eu" pessoal. Assim, todas as minhas preferências ideológicas, profissionais, políticas são frutos de uma decisão consciente minha (a grosso modo o sistema 2). Entretanto, isso vem sendo demolido pelas descobertas em neurociência, bem como de psicológos que trabalham com o tema, de que na verdade o sistema 1, nosso sistema mais intuitivo e quase nada reflexivo, possui uma relevância muito maior na tomada de decisões do que gostaríamos de admitir. O Priming não deixa de ser o nosso sistema 1 tomando decisões que aparentemente achamos que são feitas de maneira consciente. Priming é a possibilidade de condições ambientais muitas vezes aleatórias influenciarem nossas tomadas de decisões "conscientes". Um exemplo? Nos EUA, é comum a existência de referendos e plebiscitos nos Estados para se decidir sobre um monte de coisa. Pesquisadores notaram que quando a votação sobre um referendo sobre aumento de verbas para educaçao, por exemplo, ocorria no interior de escolas, ou mesmo quando havia apenas imagens na parede de carteiras e armários escolares, a aprovação da medida era muito maior do que quando a votação ocorria em outros espaços. Assim, o simples fato do local de votação se alterar (ou seja condições ambientais aleatórias) modificou uma decisão pretensamente consciente de muitos eleitores.

O efeito priming está em todo o lugar em nossa sociedade, e é muito difícil em certa medida não ser afetado por ele. Por isso, ambientes saudáveis e salubres tendem a produzir comportamentos mais saudáveis e salubres do que em ambientes viciados. O efeito priming foi identificado num experimento interessante. Havia dois grupos de pessoas e elas deveriam fazer diversas tarefas relacionadas a eficiência, competição e solidariedade. As tarefas eram as mesmas. Um grupo tinha um computador no ambiente onde a tela de descanso mostrava notas de dólares e outro não. Os resultados foram que essas breves menções ambientais a dinheiro, fizeram com que o grupo onde havia a tela de descanso com dólares se tornasse mais eficiente na tarefa, mas também menos disposto a ajudar outras pessoas. Essa pesquisa é assombrosa. Cito parte do Livro "Rápido e Devagar" às fls.73 sobre a pesquisa: "O tema geral desses resultados é que a ideia de dinheiro evoca individualismo: uma relutância a se envolver com outros, a depender dos outros ou a aceitar pedido dos outros. A psicóloga que conduziu essa pesquisa notável, Kathleen Vohs, mostrou-se, de maneira louvável, contida em discutir as implicações de suas descobertas, deixando a tarefa para os seus leitores. Seus experimentos são profundos - suas descobertas sugerem que viver uma cultura que nos cerca com lembretes de dinheiro pode moldar nossos comportamento e nossa atitudes de maneira a respeito das quais não temos consciência e das quais talvez não nos orgulhemos".

Bom, você vê alguém comentando isso por aí? Eu hoje consigo entender comportamentos de certos grupos ideológicos, ou certas ideias depois de refletir sobre tantos achados espetaculares dessa área do conhecimento. Qualquer, e hoje quase todas, ideia sobre pensamento, racionalidade, economia, etc, sem levar em conta esses achados para mim são incompletas e capengas cientificamente.
Portanto, sim, eu creio que pessoas muito ligadas a mercados financeiros podem se tornar mais egoístas e egocentradas. Porém, o sistema 2, que é muito preguiçoso, com esforço pode sim retormar o controle e direcionar as nossas decisões para caminhos diversos.

Sendo assim, o mercado financeiro pode também nos ensinar coisas muito positivas. Pode nos ensinar que nem sempre é possível vencer. Pode ensinar que reconhecer erros não é uma fraqueza, inclusive pode ser essencial para obter-se se sucesso financeiro. Pode nos ensinar que temos que tomar controle sobre nossas decisões, e não colocar a responsabilidade em terceiros. Enfim, eu acredito que podemos sim evoluir enquanto pessoas, mesmo estando no mercado financeiro, e creio que eu mesmo aprendi muitas coisas interessantes que usarei no resto da minha vida.
Não sei se era isso que você queria, mas é minha resposta. :)

4) Muito se fala da problemática que enfrenta aqueles que desejam empreender no Brasil. Altos custos de produção e de mão-de-obra, mesmo essa última sendo pouco qualificada e comprometida, alta carga tributária, violência, insegurança, assaltos a estabelecimentos, etc. Se o Soulsurfer ainda não é empresário, está nos seus planos tornar-se um algum dia?

Soul: Eu gosto do conceito de empresa social. Não se confunde com ONG. Uma empresa social é como uma empresa normal, porém o lucro gerado é para ser reaplicado na própria empresa para poder fazer cada vez mais, não para gerar dividendos para os sócios. Assim, a empresa pode ter um corpo técnico bem pago e pode prestar serviços mais baratos, já que não precisa rentabilizar o capital em margens elevadas. Assim, há problemas de saneamento? Por que não criar uma empresa social para resolver esse problema? A formação do PL poderia se dar com doações, mas se a empresa for bem administrada vai precisar de doação uma vez só. O conceito é extraordinário. Procure sobre Muhhamad Yunus, ele é uma das pessoas que mais admiro no mundo e trabalha muito bem esse conceito, inclusive com inúmeros exemplos práticos.


Veja esse belíssimo documentário https://www.youtube.com/watch?v=rwhMIEyoFJk

5) El Rei: Surfista, após um período conturbado que assolou toda a Blogosfera, com El Rei liderando a batalha contra a horda monobíceps, eis que chegamos a um longo período de paz e serenidade. Pessoalmente, credito seu blog e suas reflexões por tal mudança nos rumos da comunidade. Agradeço-lhe imensamente por essa entrevista e gostaria que você deixasse uma mensagem final para os jovens mancebos que acessam os blogs de finanças.

Soul: Bom, já diz um antigo ditado iidiche algo mais ou menos assim: "Quase todos nunca estão satisfeitos com os seus corpos, mas quase todos estão satisfeitos com a sua inteligência". Ou há a citação bíblica de que tudo é vaidade. Assim, a troca de ideias em ambientes públicos traz à tona diversos problemas humanos ligados à vaidade, falta de percepção dos limites do próprio conhecimento, entre outros. É normal e humano se sentir assim. O que está ao nosso alcance é tentar fazer um esforço legítimo para aceitarmos opiniões alheias ou mesmo comentários mais agressivos. Portanto, agradeço o seu elogio sobre algum papel do meu blog nesse sentindo.

Para o pessoal mais jovem que acessa os blogs de finanças, talvez o meu blog não seja tão voltado para esse tipo de público, há outros blogs que fazem bem esse serviço. Apenas posso dizer que a vida, até onde podemos saber objetivamente, é apenas uma e pode ser curta. Portanto, temos que tentar extrair o máximo de sentido e prazer de estar vivo. A vida moderna pode ser difícil em muitas perspectivas. Cabe a cada um refletir sobre a vida que leva e a vida que gostaria de ter. Os melhores e mais significativos momentos quase nunca estão relacionados a muito dinheiro. Ou custa caro convidar amigos e ficar horas e horas conversando? Ou o sorriso de seus pais felizes por alguma conquista pessoal sua? Ou a paz de espírito? Logo, dinheiro é muito importante, mas não podemos ficar cegos por causa dele. Não há contradição em ter uma boa vida e economizar mensalmente. O dinheiro pode ser um bom instrumento para fazer coisas bacanas e importantes na vida, mas não pode ser a meta da nossa existência.

Portanto, aproveitem para ler o material de tantos colegas que disponibilizam gratuitamente as suas experiências e conhecimentos sobre finanças, trace objetivos financeiros, não se atole em dívidas ou em consumo além das posses, mas principalmente procure viver bem a vida, tratar os outros de forma correta e digna e seja feliz.

No mais, agradeço a oportunidade de poder responder as suas perguntas, Troll.

Um grande abraço a todos!
 
 

Certeza que já foi homenageada pelo Soul... rs