Pornstar que um dia será devidamente degustada por El Rei |
Nobres confrades da Blogosfera Financeira e do Submundo Putanhístico,
Este é um post que tenho vontade de publicar há um bom tempo. Fico muito impressionado sobre como as pessoas tratam com preconceito e falso moralismo o mercado do sexo pago. Religiosos fervorosos diabolizam garotas de programa, sendo que muitos utilizam de seus serviços na surdina ou mesmo traem suas esposas com amantes fixas. Feministas puritanas demonizam os clientes homens, como se as mulheres fossem seres angelicais e não escolhessem vender sexo por opção e prazer. Políticos que, na grande maioria dos casos, estão entre os maiores clientes das moças, recusam-se a regulamentar o mercado (ou ao menos não repreendê-lo). Toda essa rede de hipocrisia apenas serve unicamente para alimentar o círculo vicioso dos crimes sexuais, da corrupção de menores, do tráfico de mulheres, das propinas a autoridades públicas e da estigmatização dos clientes e das profissionais. Eu tenho a mais absoluta convicção de que se o assunto fosse debatido de forma séria e encarado como uma forma de serviço social, as mazelas anteriormente citadas seriam reduzidas a níveis mínimos.
Mas, afinal de contas, qual seria a função social das nossas amadas sacerdotisas do amor? São várias, mas vou citar apenas as mais relevantes.
1) Acabar com a Assimetria Sexual nas Relações Interpessoais:
Mas do que você está falando El Rei?! É algo simples, jovem mancebo: no mercado sexual, as mulheres controlam a oferta de sexo, selecionando de forma instintiva apenas os homens mais aptos a cuidar da prole. Entre os animais selvagens, tal característica é facilmente observável através dos embates - muitas vezes mortais - entre os machos, para que apenas o mais forte tenha o privilégio da transmissão de seus genes. Na espécie humana, tal característica hipergâmica se dá com a exclusão do mercado sexual dos feios, deficientes, velhos e pobres. Aos excluídos, restam pouquíssimas opções de afeto e a prostituição vem, justamente, servir de válvula de escape para essas pessoas. Alguém aí já parou para se colocar no lugar de um anão pobre? Ou do gênio da física Stephen Hawking (que é frequentador assíduo de clubes de swing)? São pessoas que, a despeito da condição física degradante, ainda possuem hormônios e desejos (carnais ou não) que merecem ser saciados. Por outro lado, há mulheres livremente dispostas a saciar tais desejos por preço e prazo previamente acordados. Num mercado onde a demanda (homens) é muito maior que a oferta (xoxotas), as acompanhantes representam a medida anti-hipergâmica perfeita para coibir a hiperinflação da economia putanhística.
Sair com GP é o verdadeiro tapa na cara das atuais fêmeas hipergâmicas inflacionárias |
2) Reduzir Crimes Sexuais e o Tráfico Humano:
A testosterona é um hormônio poderosíssimo e é a grande responsável pela insaciável libido masculina. Tanto que mulheres que fazem uso da fórmula sintética para fins esportivos logo experimentam um grande aumento do desejo sexual. Você, homem, sabe como é a dor física da abstinência sexual. É uma tortura ter de suportar toda a ansiedade, o tremor das pernas, a falta de concentração, a onicofagia, os pensamentos desconexos e as dezenas de ereções involuntárias diariamente. O instinto reprodutor é tão forte no homem que é frequente que religiosos violem votos sagrados de celibato e pratiquem os mais repugnantes atos para se saciarem. Imaginem toda essa força da natureza imposta sobre uma mente masculina fraca e vivendo num país onde o sexo só é permitido após o casamento e a prostituição é punida com a mais terrível crueldade. Pronto: temos a fórmula para os estupros coletivos e legalizados praticados em diversos países fundamentalistas e religiosos! Na Índia, por exemplo, o estupro é tão relativizado que maridos que violentam suas esposas não podem ser punidos. A exploração sexual via tráfico humano, ao menos em tese, poderia ser reduzida caso o mercado sexual recebesse a atenção estatal, pois homens poderiam frequentar bordéis certificados e as profissionais poderiam se organizar em um sindicato da categoria. Um homem privado de sexo é uma verdadeira bomba-relógio. Tal fato, aliado à assimetria sexual, só tende a contribuir para o agravamento dos casos de violência contra a mulher.
3) Preservar Casamentos:
Sim, isso mesmo! Ao contrário do que diz o senso comum, a existência de garotas de programa é um fator decisivo para preservar casamentos; não para dissolvê-los. A monogamia é uma imposição social e antinatural, o que torna a maior parte dos casamentos extramente enfadonhos com o passar dos anos. O interesse sexual diminui, seja pela falta de novidade, seja pela redução da atratividade devido ao envelhecimento do parceiro. Não é sem motivo que a esmagadora maioria dos clientes das garotas de programa (algo como 9 em cada 10 homens) é composta de homens casados. Não é necessário dissociar a família, traumatizar a esposa e os filhos ou cindir o patrimônio. Além do mais, apenas para o alívio momentâneo da chatice conjugal, as profissionais são muito menos arriscadas que amantes fixas, já que as primeiras são totalmente discretas, sendo que as segundas sempre sonham em tomar o lugar da esposa oficial.
Também não se pode ignorar o entretenimento proporcionado aos que desejam realizar uma fantasia sexual. Podem ser casais ou apenas homens solitários, mas o fato é que certos fetiches não podem ser compartilhados com a esposa. Já ouvi diversas histórias no Submundo Putanhístico, muitas hilárias, mas que fazem parte da psiquê humana e não devem ser tratadas com desdém. Há homens que gostam de ser penetrados por mulheres. Outros gostam de ser tratados como crianças. Há os que curtem lingerie feminina. Muitos casais querem apenas uma relação a três sem compromisso. Esses comportamentos não representam de maneira alguma uma frivolidade sem nenhuma importância. Pelo contrário, dar vazão a tais desejos, de forma controlada e consensual, é uma forma de realização pessoal. Ninguém respeita mais os desejos humanos como nossas sacerdotisas do sexo.
Quem nunca imaginou uma enfermeira desse jeito que atire a primeira pedra! |
Portanto, nobre leitores, espero que esse post sirva para provocar uma reflexão séria sobre esse polêmico assunto. Apesar de ser à favor da regulamentação da profissão de acompanhante, não estou aqui a estimular e nem a glamourizar essa atividade. A imensa maioria das GPs, mesmo as de luxo, pensa em largar a atividade um dia e ter um emprego "comum", já que, mesmo legalizada, a vida de uma garota de programa exige dela uma grande renúncia, como praticamente inviabilizar relacionamentos amorosos (algo em nada diferente com o que ocorre com milionários). Por isso, não seria mentira afirmarmos que nossas meninas são mesmo sacerdotisas, já que fazem jus a esse título praticando um verdadeiro celibato às avessas.
Concordam? Discordam? Deixem suas opiniões nos comentários!
Jack Johnson - Flake