Olá caríssimos confrades,
Para quem é iniciado e conhece a verdadeira Real, imortalizada pelo lendário Nessahan Alita, sabe como situações corriqueiras dos relacionamentos humanos passam a ser vistas sob uma perspectiva totalmente diferente da dos demais mortais. É impressionante como passamos a enxergar as coisas como elas são e não como elas parecem ser. Recentemente, eu presenciei três situações muito interessantes e, se eu não fosse iniciado, talvez tivesse até mesmo entrado numa fria (digo, virado um CSP).
1) O Amigo Escravoceta
Essa é a miserável vida de um magina |
Trata-se de um amigo de longa data. Sempre foi rodeado de pessoas, não pela aparência física, que é mediana - para menos -, mas por saber tocar instrumentos musicais e ser considerado um gênio em seu curso. E isso é verdade: hoje em dia é o primeiro e único da sua turma a ter título de doutorado. Trabalha com pesquisas e é forte candidato a ser o segundo brasileiro a ser agraciado com o maior prêmio internacional de sua área. Nunca foi mulherengo -inclusive é bem fiel, como todo mangina clássico-, mas nunca teve dificuldades para conseguir namoradas. Aqui começam os problemas. Não é um cara que lida bem com a solidão. Mal termina um relacionamento, já emenda em outro, como se ficar solteiro fosse algo ultrajante. Gosta de moças bonitas, porém lambe o chão por onde elas passam. Em conversa íntima, confidenciou-me que estava num relacionamento enrolado, pois se sentia atraído por uma moça, mas a convivência além do sexo era terrível. Já haviam chegado ao ponto de se agredirem verbal e fisicamente. Então fui visitá-lo. A casa estava uma zona, com coisas espalhadas por todos os cantos. "Preciso de uma mulher para dar um jeito nessa casa." - disse ele. Em duas horas, arrumamos quase tudo, enquanto jogávamos conversa fora e bebíamos cerveja. Durante a faina, o celular dele tocou umas cinquenta ou mais vezes, sem exagero. Era a moça descontrolada. Aconselhei-o a atender e, em outra ocasião, terminar civilizadamente, ou essa moça iria acabar fazendo-o responder a um processo criminal, implicando em gastos com advogado e transtornos emocionais desnecessários. Falei sobre desapego e ele gostou muito. Pensei: "Salvei um!". Ledo engano. Na semana seguinte, foi marcado no Facetruque, em selfie bonitinha com a moça. Detalhe: ele que foi atrás. Por Alita, sabemos que o que a mulher quer é provocar e manter o desejo masculino. A vadia venceu.
2) O Amigo Rejeitado
Estávamos eu e o Escravoceta na casa de uma amiga em comum. Essa amiga chamou outras três conhecidas, com seus respectivos maridos. Conhecia o passado das moças e senti dó dos atuais cônjuges, mas tudo bem. Em dado momento, começaram a lembrar das histórias de um outro amigo próximo, muito inteligente, simpático, esforçado, sabia dançar forró, ou seja, um bom moço... e só. Todas as quatro falaram muito mal dele. Riram e escarneceram sobre época em que ele era apaixonado pela dona da casa e fez declarações de amor, com cartinhas românticas e tudo. Ela o rejeitou de forma humilhante, mas mesmo assim ele ainda se virava para fazer trabalhos para ela na faculdade. Diziam que ele não pegava ninguém (e continua não pegando!) por ser um cara extremamente "relaxado". Olhei para as quatro moças e lembrei dos três namorados (entre muitos e muitos) que elas tiveram na faculdade. Sim, três namorados para quatro moças, pois um namorou duas das ali presentes. Eu os conhecia muito bem. O primeiro era o Escravoceta, que tinha muitas qualidades, mas zeloso com a aparência, com a casa e com o carro não estava entre elas. No caso dele, por ser músico, inteligente e simpático, além de, é claro, bem sucedido financeiramente, não ser bonito e ser relaxado era encarado como ser descolado, desencanado, entre outras merdas. O segundo era um cara boa pinta, exímio dançarino e que largou a faculdade para virar PM. Nunca foi bad boy marrento, violento ou coisa do tipo, até porque não era carioca, mas era destacado fisicamente. Era tão relaxado que nem banho gostava de tomar, além de ser acumulador. Isso não o impediu de namorar e socar freneticamente os úteros de duas presentes, sendo uma delas a mais gata do grupo. O último era outro cara de aparência razoável, mas também exímio dançarino, além de negociador e galhofador. Largou a faculdade e foi trabalhar em banco, onde foi rapidamente sendo promovido até ocupar altos cargos de chefia. Foi o cara que teve ascensão social mais veloz desse grupo. Nossos amigos em comum contavam que ele era tão porco, que nem as empregadas aguentavam trabalhar na casa dele por muito tempo. No caso dele, não preciso falar nada: money talks! Observei a hipocrisia feminina silenciosamente e me segurei para não falar a verdade nua e crua: o amigo ausente e bom moço não pegava ninguém única e exclusivamente por ser GORDO e POBRE!
Bônus: nesse dia saímos para um bar animado. Rolou um forró. O vocalista da banda convidou casais para subirem ao palco e dançarem uma música. Várias vadias puxando os namoradinhos para aparecerem e tirarem fotos pro Facetruque. O vocalista pediu alguma solteira para subir e dançar com ele. Ninguém se candidatou. O cara pesava uns 200Kg. Deal with it!
3) A Vingança de Mr. Chronos
Essa foi a melhor. Reunião de amigos para tomar cervejas artesanais. Quase sempre são as mesmas pessoas, mas nesse dia duas novatas apareceram. Um delas de beleza um pouco acima da média, porém com pesados 35 anos. O único jeito de compensar a idade avançada seria ter uma carreira promissora e grana, o que justificaria a opção por não ter ainda constituído família. Trabalhava em um emprego lixo, com salário lixo. Nothing here. Game over. Mas não custa nada bater um papo, ampliar o networking... eis que ao saber do meu cargo top, os olhos da moça brilharam e ela começou a me dar mole descaradamente! Sério mesmo. Vários toques no braço, sorrisos largos para qualquer bosta que eu falasse, mexidas no cabelo, chegando ao ponto de ter a iniciativa para chamar para ir ali fora tomar um ar! Não investi numa ficada sem compromisso, pois detesto cigarro com todas as forças. Porém, logo aquele furor inicial ganhou ares de lamentação. A moça queixou-se por ter desperdiçado anos de vida em baladas, micaretas e ficadas sem compromisso. Confessou que conheceu um monte de caras legais para casar, mas que os dispensou "sem saber o porquê". Disse que parentes próximos a chamavam de excessivamente exigente. Não sabia explicar o motivo de não aparecerem mais caras legais como antes (dãããã! você ficou velha, ok?). Concluí que a moça caiu na armadilha da beleza física, achando que era só curtir a vida e esperar que uma hora iria aparecer o cara perfeito, lindo e rico. Descobriu tardiamente que beleza não dura para sempre e agora não desejava mais o melhor, contentando-se em ficar com apenas o menos pior que aparecesse. Se tivéssemos nos conhecido entre 10 e 15 anos atrás, ela certamente seria uma das mulheres que rejeitaram fortemente. Mas agora o jogo virou, né? Se não fosse a Real e o sexo com GPs, talvez meu cérebro primitivo e sedento por buças ainda poderia ter me enfiado numa bela roubada, empurrando-me para um relacionamento com uma mulher pobre, datada e puramente utilitarista. Mr. Chronos, você fez bem o seu papel. Salve Alita!
Rodada e datada? Não, obrigado. |
Bem amigos, vou ficando por aqui. Leiam bem o texto e opinem nos comentários.
A Real salva vidas!
Forte abraço d'El Rei!
Iron Maiden - Wasted Years